O artista plástico baiano Luiz Jasmin morreu ontem (06/03/2013), aos 72 anos, após 47 dias internado no Instituto de Medicina
Integral Professor Fernando Figueira (Imip). Ele tinha metástase em decorrência
de um sarcoma de de coxa e recebia tratamento paliativo, de acordo com o seu
companheiro, Newton Bezerra.
Luiz Jasmin morava em Vila Velha, na Ilha de Itamaracá (PE), há
mais de 30 anos. O seu corpo está sendo velado na Câmara de Vereadores do
município e o enterro será no cemitério local, às 17h de hoje.
O artista plástico é autor da famosa capa de Maria Bethânia
com o busto nu feita para o disco Recital Boite Barroco (1968), censurada pelos
militares durante a ditadura.
Na sua glamorosa trajetória, o jet-setter – que chegou a ser
eleito o homem mais bonito do Brasil – conheceu artistas como Andy Warhol e
Salvador Dalí (com quem chegou a expor), e retratou homens como o ditador
português António Salazar e os jogadores Jairzinho e Rivelino. Mas foram as
imagens femininas que fizeram sua fama; foram retratadas por ele celebridades,
socialites e aristocratas como Maysa, Maria Bethânia, Gal Costa, Clara Nunes, Mãe Menininha do Gantois,
Carmen Mayrink Veiga, Danuza Leão, Françoise Sagan e a princesa Margaret da
Inglaterra, entre muitas outras.
O artista também envolveu-se com o teatro, escrevendo peças
e atuando; foi o primeiro homem, aliás, a aparecer completamente nu em um palco
brasileiro, na peça “Cordélia Brasil”, em 1968 – sua parceira no tablado era
ninguém menos que Norma Bengell. Essa e muitas outras histórias são contadas no
livro “Mulheres encantadas”, lançado na Fliporto 2012 (Olinda), no qual o próprio pintor
passa em revista sua vida e as mulheres fascinantes que cruzaram seu caminho.
Durante seu internamento no hospital, Jasmin não parou de produzir belíssimos desenhos, dentre eles, um intitulado "Iemanjá" que nos foi confiada para presentear a Rainha do Mar no dia 02 de fevereiro no Rio Vermelho, Salvador.
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