14 de outubro de 2010

Documentário: ELZA

A verdade de Elza Soares está no canto dela. Para entendê-la, é preciso entender o seu canto...", sentencia o violonista João de Aquino em frase estrategicamente posicionada pelos diretores Izabel Jaguaribe e Ernesto Baldan ao fim de Elza, o documentário musical que foca Elza Soares, ora em exibição na edição de 2010 do Festival do Rio. É como se o argumento (legítimo) de Aquino absolvesse os diretores de não desvendar a lendária personagem retratada no filme.

Elza foca somente e sobretudo através da música. Números musicais inéditos - filmados em 2007 com nomes como Caetano Veloso (um registro emocionado de Dor-de-Cotovelo), Maria Bethânia (Rosa Morena e um jam que entrelaça o Samba da Bênção com o Samba da Minha Terra) e Paulinho da Viola (A Flor e o Espinho - bela - e Sei Lá, Mangueira) - pontuam e valorizam o documentário entre depoimentos elogiosos que, por mais que sejam sinceros e justos, se tornam quase redundantes ao longo dos 72 minutos de projeção. Mas o canto de Elza - ouvido logo na abertura do filme, numa interpretação a capella de Lama - redime os depoentes da redundância pelo suingue ímpar. "Elza é a expressão raríssima da voz feminina num país de cantoras", define Bethânia.

Resenha escrita pelo jornalista Mauro Ferreira.

Resenha de documentário musical
Título: Elza
Direção: Izabel Jaguaribe e Ernesto Baldan
Roteiro: Suzana Macedo


Abraços,

Fã-Clube Grito de Alerta
(Comunidade do Grito de Alerta no Orkut)

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