Maria Bethânia voltou aos palcos com novo show, mostrando pela primeira vez
o repertório de seu mais recente CD, Oásis
de Bethânia. A estreia ocorreu no Vivo
Rio, Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro, domingo e segunda.
Foto: Camila Alcântara |
Lançado em março deste ano, o álbum Oásis de Bethânia veio com formato novo em sua carreira: cada uma
das 10 músicas do disco recebeu um arranjo inédito de convidados
especialíssimos – que trouxeram a sofisticação de seus arranjos, unidos à voz
única de Bethânia, trazendo o tempero ideal para a sonoridade marcante do novo
trabalho
E é esta
sonoridade nova que “Carta de Amor” traz. “O show vem do disco; é a base de
onde eu parti, da mudança sonora que fiz ali com vários músicos”, conta
Bethânia. “O título do show não se refere apenas à faixa do disco “Carta de
Amor”, mas a todo tipo de amor que canto no show: o amor maduro, o amor
inconstante, o amor traído, o amor eterno, o passageiro, o triste, o
alegre...”, completa.
“Convidei
o Wagner Tiso, maestro das Minas Gerais, para tocar com uma cantora baiana!”,
brinca. Além de Wagner Tiso (maestro e piano), Gabriel Improta (violão e
guitarra), Paulo Dafilin (violão e viola), Jorge Helder (baixo), Pantico Rocha
(bateria), Marcelo Costa (percussão) e Marcio Mallard (cello) a acompanharam.
Wagner,
que já gravou com Bethânia, mas, no palco com ela pela primeira vez, acha
a experiência inovadora. “Já toquei com outros baianos, mas com Bethânia é
diferente porque ela leva o teatro para o palco. Trabalhar com ela é
interessante artisticamente porque sabe muito bem o que quer fazer; tem plena
noção de tudo e um mapa geral do que vai ser. Levo para o show minha cabeça
orquestral, o que dá um contraste bonito entre o recôncavo dela e minha
mineirice. E conto com a ajuda desses músicos maravilhosos” – diz Tiso.
Bia Lessa, diretora que já tem intimidade com seus espetáculos,
assinou a direção e cenário e a iluminação ficara nas mãos de Tomás Ribas. Bia desenhou um cenário
conciso para retratar este momento de Maria Bethânia. Não há elementos
desnecessários, há o vazio do palco, preenchido por um tapete de tiras
entrelaçadas, costuradas artesanalmente uma a uma, que remete ao universo
popular e erudito e um pedaço de tronco que nos faz lembrar a natureza e os
seus ciclos. Um dia esse tronco foi semente, depois arbusto, depois árvore,
agora um espaço para se recostar. Apenas isso; no mais são luzes que criam
espaços, ambientes e situações. Uma única imagem no final do espetáculo sintetiza
para Bia o que é esse show, “uma celebração do ofício da cantora: celebrar a
vida através de suas mais profundas convicções”.
Abraços,
Fã-clube Grito de Alerta
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