22 de novembro de 2012

Maria Bethânia dá início à turnê Carta de Amor

Maria Bethânia voltou aos palcos com novo show, mostrando pela primeira vez o repertório de seu mais recente CD, Oásis de Bethânia. A estreia ocorreu no Vivo Rio, Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro, domingo e segunda.


                                                                               Foto: Camila Alcântara



 
Lançado em março deste ano, o álbum Oásis de Bethânia veio com formato novo em sua carreira: cada uma das 10 músicas do disco recebeu um arranjo inédito de convidados especialíssimos – que trouxeram a sofisticação de seus arranjos, unidos à voz única de Bethânia, trazendo o tempero ideal para a sonoridade marcante do novo trabalho
E é esta sonoridade nova que “Carta de Amor” traz. “O show vem do disco; é a base de onde eu parti, da mudança sonora que fiz ali com vários músicos”, conta Bethânia. “O título do show não se refere apenas à faixa do disco “Carta de Amor”, mas a todo tipo de amor que canto no show: o amor maduro, o amor inconstante, o amor traído, o amor eterno, o passageiro, o triste, o alegre...”, completa.
“Convidei o Wagner Tiso, maestro das Minas Gerais, para tocar com uma cantora baiana!”, brinca. Além de Wagner Tiso (maestro e piano), Gabriel Improta (violão e guitarra), Paulo Dafilin (violão e viola), Jorge Helder (baixo), Pantico Rocha (bateria), Marcelo Costa (percussão) e Marcio Mallard (cello) a acompanharam.

Wagner, que já gravou com Bethânia, mas, no palco com ela pela primeira vez, acha a experiência inovadora. “Já toquei com outros baianos, mas com Bethânia é diferente porque ela leva o teatro para o palco. Trabalhar com ela é interessante artisticamente porque sabe muito bem o que quer fazer; tem plena noção de tudo e um mapa geral do que vai ser. Levo para o show minha cabeça orquestral, o que dá um contraste bonito entre o recôncavo dela e minha mineirice. E conto com a ajuda desses músicos maravilhosos” – diz Tiso.
 
Bia Lessa, diretora que já tem intimidade com seus espetáculos, assinou a direção e cenário e a iluminação ficara nas mãos de Tomás Ribas. Bia desenhou um cenário conciso para retratar este momento de Maria Bethânia. Não há elementos desnecessários, há o vazio do palco, preenchido por um tapete de tiras entrelaçadas, costuradas artesanalmente uma a uma, que remete ao universo popular e erudito e um pedaço de tronco que nos faz lembrar a natureza e os seus ciclos. Um dia esse tronco foi semente, depois arbusto, depois árvore, agora um espaço para se recostar. Apenas isso; no mais são luzes que criam espaços, ambientes e situações. Uma única imagem no final do espetáculo sintetiza para Bia o que é esse show, “uma celebração do ofício da cantora: celebrar a vida através de suas mais profundas convicções”.
 
 
 
Abraços,
Fã-clube Grito de Alerta

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